Português vindo da Líbia: "Só à noite é que não era seguro"

O dia-a-dia na Líbia decorria com relativa normalidade até domingo e só à noite é que se sentia insegurança, contou Francisco Meneses, um estagiário do programa INOV Contacto que saiu do país no C-130.
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"Estivemos todos os dias, durante a tarde, na Praça Verde, no centro. Só se via manifestantes pró-Kadhafi, estavam tranquilos, tirei algumas fotografias e, discretamente, fiz filmes", disse o jovem de 24 anos.

Segundo Francisco Meneses, no sábado "as coisas decorreram normalmente" e só percebeu que a situação se estava a agravar no domingo porque "era dia de trabalho e as lojas começaram a fechar mais cedo". "Os protestos começaram depois da reza, lá para as cinco da tarde", quando nos outros dias só se realizavam de noite. "Nessa noite ouvimos tiros de metralhadoras, pistolas e gente a gritar", relatou o engenheiro civil.

Até domingo, Francisco Meneses e mais dois colegas do INOV Contacto estavam "tranquilos". "Estivemos a assistir a tudo e sentimo-nos perfeitamente seguros. Só à noite é que não era seguro", afirmou.

Francisco Meneses integrou o grupo de 80 portugueses que embarcaram na segunda-feira no C-130 da Força Aérea Portuguesa que os deixou em Itália. Neste momento, estão em Sicília à espera de voo para Lisboa.

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